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Viroses - 2º ano médio

Seguem as cinco primeiras viroses humanas, como combinado em aula, podem resumir, copiar ou imprimir, como preferirem, porém não esqueçam que as informações 
serão utilizadas em aula no dia 27/03, próxima segunda-feira!
As outras serão postadas amanhã.

Algumas viroses humanas:

1) Aids
A característica fundamental do vírus da aids é afetar o sistema de defesa do organismo, tornando a pessoa incapaz de se defender até mesmo de doenças que geralmente não apresentam gravidade, como a maioria dos resfriados e gripes.
A aids (acquired imune defeciency syndrome) ou sida (síndrome da imunodeficiência adquirida) é causada por um vírus de RNA, envelopado, conhecido por HIV (human immunodeficiency vírus), que infecta e destrói principalmente linfócitos, que são células do sistema imune.
O linfócito é um tipo de leucócito do sangue, tendo ação específica no combate a infecções. Existem ainda diversos tipos de linfócitos, e o HIV infecta o linfócito TCD4.
Quando o vírus entra em contato com o TCD4, seu envelope fusiona-se à membrana celular e o nucleocapsídeo do HIV entra no citoplasma, onde desintegra-se e o RNA é transformado em DNA por uma enzima viral chamada transcriptase reversa. O DNA viral incorpora-se ao DNA nuclear do linfócito.
Os vírus que são de RNA e que têm a enzima mencionada acima são chamados retrovírus.
Além do linfócito TCD4, o HIV também apresenta afinidade com células do timo, encéfalo, linfonodos, medula óssea vermelha e outras.
Após o contágio, o vírus pode permanecer sem manifestar-se por até dez anos ou mais. Em um certo momento, os linfócitos passam a ser comandados pelo DNA viral tornando-se produtores de novos vírus. A partir daí, surge a imunodeficiência, em que a pessoa pode ser infectada por doenças oportunistas, ou seja, que normalmente não afetam organismos sem imunodeficiência.

2) Febre Amarela
Doença extremamente grave, pois provoca sérias lesões no organismo, principalmente nas células do fígado. É fatal em porcentagem relativamente alta. O vírus é transmitido pela picada de mosquitos:
- febre amarela urbana – transmitida pelo Aedes aegipty.
- febre amarela silvestre – transmitida pelo Aedes leucocelaenus e mosquitos do gênero Haemagogus.
                A febre amarela pode ser evitada pela vacinação, que é válida por dez anos.

3) Dengue
Apresenta sintomas que podem ser confundidos com uma gripe, como fraqueza, falta de apetite e febre. Podem aparecer manchas na pele e fortes dores de cabeça e nas articulações. A dengue clássica pode evoluir de forma benigna, curando em alguns dias, ou pode evoluir para a forma mais grave, a dengue hemorrágica, que muitas vezes é fatal.
O ácido acetilsalicílico, presente em certos medicamentos antitérmicos e analgésicos, não deve ser administrado por pessoas com suspeita de dengue, pois interfere na coagulação do sangue, contribuindo para o agravamento das hemorragias.
O vírus é transmitido pelo mosquito Aedes aegipty.

4) Poliomielite
Doença que afeta o sistema nervoso, podendo causar paralisia de diversas partes do corpo. É particularmente severa a paralisia dos músculos respiratórios, que pode levar à morte. São comuns paralisias dos membros superiores e inferiores.
O vírus entra no organismo por via oral, na ingestão de alimentos contaminados e pela saliva de pessoas portadoras do vírus. No corpo, atravessa as paredes do intestino, chega ao sangue e é levado até o sistema nervoso, onde parasitam os neurônios e reproduzem-se no seu interior.
Graças à vacinação (vacina Sabin, conhecida como “gotinha que salva”), é considerada erradicada no Brasil desde 1989. Campanhas de vacinação ainda são mantidas, porque ainda há locais de incidência da doença no mundo.

5) Raiva
A doença, conhecida por hidrofobia, pode ser transmitida aos humanos por mordida de animais contaminados, pois o vírus é encontrado em sua saliva. O principal transmissor é o cão, responsável por quase 90% dos casos.
É muito grave e pode causar a morte se não tratada imediatamente. Os sintomas iniciais são dor de cabeça, náuseas e febre baixa, depois seguem-se taquicardia, alterações respiratórias, febre alta, agitação, aumento da sensibilidade e ainda contratura involuntária e extremamente dolorosa dos músculos envolvidos na deglutição, que impedem a ingestão de alimentos e água. Sem tratamento, pode evoluir para a degeneração dos neurônios, que leva à paralisia generalizada, geralmente culminando na paralisia respiratória.

Não há cura e manter animais domésticos com a vacinação em dia ajuda no controle da doença. Em caso de mordida deve-se lavar o ferimento com água e sabão e buscar atendimento médico imediato, se necessário, será feita a aplicação de soro antirrábico, eficiente se utilizado antes da manifestação da doença. O animal deve ser observado durante dez dias em local seguro.

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